José Henrique Lamensdorf wrote:
Carla Guerreiro wrote:
no Brasil, ao contrário de Portugal, as pessoas compreenderam a importância do português como língua estrangeira e investem no seu ensino.
Não vejo o Brasil investindo no ensino do português como língua estrangeira. Que pessoas investem no seu ensino?
Quem vem de fora para o Brasil aprende o português por mera necessidade de sobrevivência. Já vi na imprensa a consternação de algumas autoridades estrangeiras ante a relativamente pequena população anglófona no Brasil, considerando que em breve teremos aqui a Copa do Mundo de futebol e os Jogos Olímpicos.
Vi gente nos Estados Unidos que vive lá há anos sem grandes problemas, apesar de não falar nada de inglês, e entender muito pouco.
Carla Guerreiro wrote:
Quem me dera que em Portugal as pessoas pensassem da mesma maneira, mas não! Criticam os turistas por não saberem nem sequer pedir um copo de água, mas não percebem a importância do ensino do português como língua estrangeira, e isso enfurece-me e entristece-me, pois também sou formadora de português para estrangeiros.
Quem não percebe essa importância?
É comum em alguns países da Europa Ocidental criticarem turistas por tentarem se comunicar em inglês, em vez de usar o idioma local. Questão de educação...
E mesmo falar a língua local às vezes não ajuda muito. Em Israel o inglês (não falo hebraico) serviu perfeitamente para me comunicar com quase todo mundo. Já na Inglaterra esperavam que eu entendesse o Cockney e outras variantes que nenhuma escola de ESL no mundo ensinaria. Na recíproca, ouvi coisas como
"Aw, suh, yay'll 'av taw spayk slawur, cass I 'av an 'ard toym taw awndaystand Amayrican."