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Just how stupid does Mitt Romney think we are? If you’ve been following his campaign from the beginning, that’s a question you have probably asked many times.
But the question was raised with particular force last week, when Romney tried to make a closed drywall factory in Ohio a symbol of the Obama administration’s economic failure. It was a symbol, all right – but not in the way he intended.
First of all, many reporters quickly noted a point that Romney somehow failed to mention: George W. Bush, not Barack Obama, was president when the factory in question was closed. Does the Romney campaign expect Americans to blame Obama for his predecessor’s policy failure?
Yes, it does. Romney constantly talks about job losses under Obama. Yet all of the net job loss took place in the first few months of 2009, that is, before any of the new administration’s policies had time to take effect. So the Ohio speech was a perfect illustration of the way the Romney campaign is banking on amnesia, on the hope that voters don’t remember that Obama inherited an economy that was already in free fall.
How does the campaign deal with people who point out the awkward reality that all of the “Obama” job losses took place before any Obama policies had taken effect? The fallback argument – which was rolled out when reporters asked about the factory closure – is that even though Obama inherited a deeply troubled economy, he should have fixed it by now. That factory is still closed, a Romney adviser said, because of the failure of Obama policies “to really get this economy going again.”
Actually, that factory would probably still be closed even if the economy had done better – drywall is mainly used in new houses, and while the economy may be coming back, the Bush-era housing bubble isn’t.
But Romney’s poor choice of a factory for his photo-op aside, I guess accusing Obama of not doing enough to promote recovery is a better argument than blaming him for the effects of Bush policies. However, it’s not much better, since Romney is essentially advocating a return to those very same Bush policies. And he’s hoping that you don’t remember how badly those policies worked.
For the Bush era didn’t just end in catastrophe; it started off badly, too. Yes, Obama’s jobs record has been disappointing – but it has been unambiguously better than Bush’s over the comparable period of his administration.
This is especially true if you focus on private-sector jobs. Overall employment in the Obama years has been held back by mass layoffs of schoolteachers and other state and local government employees. But private-sector employment has recovered almost all the ground lost in the administration’s early months. That compares favorably with the Bush era: as of March 2004, private employment was still 2.4 million below its level when Bush took office.
Oh, and where have those mass layoffs of schoolteachers been taking place? Largely in states controlled by the GOP: 70 percent of public job losses have been either in Texas or in states where Republicans recently took control.
Which brings me to another aspect of the amnesia campaign: Romney wants you to attribute all of the shortfalls in economic policy since 2009 (and some that happened in 2008) to the man in the White House, and forget both the role of Republican-controlled state governments and the fact that Obama has faced scorched-earth political opposition since his first day in office. Basically, the GOP has blocked the administration’s efforts to the maximum extent possible, then turned around and blamed the administration for not doing enough.
So am I saying that Obama did everything he could, and that everything would have been fine if he hadn’t faced political opposition? By no means. Even given the political constraints, the administration did less than it could and should have in 2009, especially on housing. Furthermore, Obama was an active participant in Washington’s destructive “pivot” away from jobs to a focus on deficit reduction.
And the administration has suffered repeatedly from complacency – taking a few months of good news as an excuse to rest on its laurels rather than hammering home the need for more action. It did that in 2010, it did it in 2011, and to a certain extent it has been doing the same thing this year too. So there is a valid critique one can make of the administration’s handling of the economy.
But that’s not the critique Romney is making. Instead, he’s basically attacking Obama for not acting as if George Bush had been given a third term. Are the American people – and perhaps more to the point, the news media – forgetful enough for that attack to work? I guess we’ll find out.
TRANSLATED TEXT - PORTUGUESE
Comentário: O candidato da amnésia
Paul Krugman
The New York Times News Service
Até que ponto Mitt Romney acredita que nós somos estúpidos? Quem tem acompanhado a campanha dele desde o início provavelmente já formulou esta questão diversas vezes.
Mas a pergunta emergiu com uma intensidade especial na semana passada, quando Romney tentou transformar uma fábrica de paredes de gesso falida no Estado de Ohio em um símbolo de fracasso econômico do governo Obama. Sem dúvida a fábrica falida é um símbolo de fracasso, mas não da forma que ele deseja apresentá-la.
Primeiramente, vários repórteres observaram rapidamente um fato que Romney, por algum motivo, deixou de mencionar: o presidente dos Estados Unidos quando a fábrica foi fechada era George W. Bush, e não Barack Obama. Será que o comitê de campanha de Romney espera que os norte-americanos responsabilizem Obama pelos fracassos da política econômica do seu predecessor?
Sim, é isso o que o comitê de Romney espera. Romney fala constantemente sobre as perdas de empregos ocorridas durante o governo Obama. Mas toda a perda líquida de empregos ocorreu nos primeiros meses de 2009, antes que quaisquer políticas econômicas do novo governo tivessem tempo para surtir efeito. Portanto, o discurso de Ohio se constitui em um exemplo perfeito da maneira como a campanha eleitoral de Romney está apostando na amnésia, na esperança de que os eleitores não se recordem de que Obama herdou uma economia que já se encontrava em queda livre.
E como é que a campanha de Mitt Romney lida com aquelas pessoas que chamam atenção para a incômoda realidade de que toda a redução de emprego “provocada por Obama” ocorreu antes que as políticas deste tivessem surtido efeito? O argumento mais utilizado – que foi apresentado quando os jornalistas perguntaram a respeito do fechamento da fábrica – é que, ainda que Obama tenha herdado uma economia problemática, a esta altura ele já deveria ter resolvido esta situação. “A fábrica ainda está fechada devido ao fracasso das políticas de Obama em fazer com que a economia realmente voltasse a crescer”, afirmou um assessor de Mitt Romney.
Na verdade, a fábrica provavelmente ainda estaria fechada mesmo se a economia estivesse apresentando um desempenho melhor. As paredes de gesso são utilizadas principalmente em novas residências, e embora a economia possa estar se recuperando, a bolha imobiliária da era Bush não está.
Mas esta escolha de mal gosto feita por Mitt Romney ao apresentar o exemplo da fábrica como propaganda junto à imprensa, ao acusar Obama de não estar fazendo o suficiente para promover a recuperação econômica, é um argumento melhor do que responsabilizá-lo pelos efeitos das políticas de Bush. No entanto, o argumento não é muito melhor, já que Romney está basicamente defendendo um retorno daquelas mesmas políticas implementadas por Bush. E ele está esperando que nós não nos recordemos do péssimo efeito daquelas politicas.
O fato é que a era Bush não apenas terminou em catástrofe; ela também começou mal. Sim, o histórico de governo de Obama no que se refere à geração de empregos tem sido desapontador – mas este histórico tem sido sem dúvida alguma melhor do que o de Bush em um período de governo comparável.
Isso é especialmente verdadeiro quando nos focamos nos empregos do setor privado. O índice de emprego médio durante o governo Obama tem se mantido baixo devido às demissões maciças de professores e de outros funcionários públicos dos governos estaduais e municipais. Mas o índice de emprego no setor privado recuperou quase todo o terreno perdido nos primeiros meses do atual governo. E isso é algo que pode ser comparado favoravelmente com a era Bush: em março de 2004, o número de empregos no setor privado ainda era 2,4 milhões menor do que o nível registrado quando Bush assumiu a presidência.
Mas onde é que todas essas demissões maciças de professores estão ocorrendo? Em grande parte em Estados controlados pelo Partido Republicano. Até 70% das perdas de empregos públicos têm ocorrido ou no Texas ou em Estados sob os quais os republicanos assumiram recentemente o controle.
E isso me faz lembrar de um outro aspecto da campanha da amnésia. Mitt Romney deseja que o eleitor atribua todos os problemas relativos à política econômica a partir de 2009 (e parte desses problemas ocorreram em 2008) ao homem que ocupa a Casa Branca, e que a população se esqueça do papel desempenhado pelos governos estaduais republicanos e do fato de Obama ter enfrentado uma política oposicionista de terra arrasada desde o seu primeiro dia na presidência. Basicamente, o Partido Republicano tem bloqueado todas as iniciativas do governo da forma mais intensa possível, e, a seguir, os republicanos voltam-se para a população e responsabilizam o governo por não estar fazendo o suficiente para resolver os problemas.
Mas, então, estaria eu afirmando que Obama fez tudo o que podia, e que tudo estaria bem se ele não tivesse enfrentado essa oposição política? De forma alguma. Mesmo com todos os percalços políticos, o governo fez menos do que poderia e deveria ter feito em 2009, especialmente no que se refere ao setor imobiliário. Além do mais, Obama tem sido um participante ativo do deslocamento destrutivo das políticas de Washington que se distanciam da questão do desemprego para se concentrarem na redução do déficit.
E o governo tem sofrido continuamente de complacência – utilizando alguns meses de boas notícias como desculpa para cruzar os braços, vitorioso, em vez de enfatizar a necessidade de mais ação. Foi isso o que ele fez em 2010, em 2011 e, até certo ponto, é o que ele tem feito também neste ano. Portanto, esta é uma crítica válida que podemos fazer à forma como o governo está administrando a economia.
Mas não é essa a crítica que Mitt Romney está fazendo. Basicamente, ele está atacando Obama por não agir como se George W. Bush tivesse conquistado um terceiro mandato. Será que o povo norte-americano – e, talvez, principalmente a mídia – é tão esquecido assim para que esse ataque gere resultados? Eu creio que nós descobriremos em breve.
Traducción - portugués TRANSLATED TEXT - PORTUGUESE
Comentário: O candidato da amnésia
Paul Krugman
The New York Times News Service
Até que ponto Mitt Romney acredita que nós somos estúpidos? Quem tem acompanhado a campanha dele desde o início provavelmente já formulou esta questão diversas vezes.
Mas a pergunta emergiu com uma intensidade especial na semana passada, quando Romney tentou transformar uma fábrica de paredes de gesso falida no Estado de Ohio em um símbolo de fracasso econômico do governo Obama. Sem dúvida a fábrica falida é um símbolo de fracasso, mas não da forma que ele deseja apresentá-la.
Primeiramente, vários repórteres observaram rapidamente um fato que Romney, por algum motivo, deixou de mencionar: o presidente dos Estados Unidos quando a fábrica foi fechada era George W. Bush, e não Barack Obama. Será que o comitê de campanha de Romney espera que os norte-americanos responsabilizem Obama pelos fracassos da política econômica do seu predecessor?
Sim, é isso o que o comitê de Romney espera. Romney fala constantemente sobre as perdas de empregos ocorridas durante o governo Obama. Mas toda a perda líquida de empregos ocorreu nos primeiros meses de 2009, antes que quaisquer políticas econômicas do novo governo tivessem tempo para surtir efeito. Portanto, o discurso de Ohio se constitui em um exemplo perfeito da maneira como a campanha eleitoral de Romney está apostando na amnésia, na esperança de que os eleitores não se recordem de que Obama herdou uma economia que já se encontrava em queda livre.
E como é que a campanha de Mitt Romney lida com aquelas pessoas que chamam atenção para a incômoda realidade de que toda a redução de emprego “provocada por Obama” ocorreu antes que as políticas deste tivessem surtido efeito? O argumento mais utilizado – que foi apresentado quando os jornalistas perguntaram a respeito do fechamento da fábrica – é que, ainda que Obama tenha herdado uma economia problemática, a esta altura ele já deveria ter resolvido esta situação. “A fábrica ainda está fechada devido ao fracasso das políticas de Obama em fazer com que a economia realmente voltasse a crescer”, afirmou um assessor de Mitt Romney.
Na verdade, a fábrica provavelmente ainda estaria fechada mesmo se a economia estivesse apresentando um desempenho melhor. As paredes de gesso são utilizadas principalmente em novas residências, e embora a economia possa estar se recuperando, a bolha imobiliária da era Bush não está.
Mas esta escolha de mal gosto feita por Mitt Romney ao apresentar o exemplo da fábrica como propaganda junto à imprensa, ao acusar Obama de não estar fazendo o suficiente para promover a recuperação econômica, é um argumento melhor do que responsabilizá-lo pelos efeitos das políticas de Bush. No entanto, o argumento não é muito melhor, já que Romney está basicamente defendendo um retorno daquelas mesmas políticas implementadas por Bush. E ele está esperando que nós não nos recordemos do péssimo efeito daquelas politicas.
O fato é que a era Bush não apenas terminou em catástrofe; ela também começou mal. Sim, o histórico de governo de Obama no que se refere à geração de empregos tem sido desapontador – mas este histórico tem sido sem dúvida alguma melhor do que o de Bush em um período de governo comparável.
Isso é especialmente verdadeiro quando nos focamos nos empregos do setor privado. O índice de emprego médio durante o governo Obama tem se mantido baixo devido às demissões maciças de professores e de outros funcionários públicos dos governos estaduais e municipais. Mas o índice de emprego no setor privado recuperou quase todo o terreno perdido nos primeiros meses do atual governo. E isso é algo que pode ser comparado favoravelmente com a era Bush: em março de 2004, o número de empregos no setor privado ainda era 2,4 milhões menor do que o nível registrado quando Bush assumiu a presidência.
Mas onde é que todas essas demissões maciças de professores estão ocorrendo? Em grande parte em Estados controlados pelo Partido Republicano. Até 70% das perdas de empregos públicos têm ocorrido ou no Texas ou em Estados sob os quais os republicanos assumiram recentemente o controle.
E isso me faz lembrar de um outro aspecto da campanha da amnésia. Mitt Romney deseja que o eleitor atribua todos os problemas relativos à política econômica a partir de 2009 (e parte desses problemas ocorreram em 2008) ao homem que ocupa a Casa Branca, e que a população se esqueça do papel desempenhado pelos governos estaduais republicanos e do fato de Obama ter enfrentado uma política oposicionista de terra arrasada desde o seu primeiro dia na presidência. Basicamente, o Partido Republicano tem bloqueado todas as iniciativas do governo da forma mais intensa possível, e, a seguir, os republicanos voltam-se para a população e responsabilizam o governo por não estar fazendo o suficiente para resolver os problemas.
Mas, então, estaria eu afirmando que Obama fez tudo o que podia, e que tudo estaria bem se ele não tivesse enfrentado essa oposição política? De forma alguma. Mesmo com todos os percalços políticos, o governo fez menos do que poderia e deveria ter feito em 2009, especialmente no que se refere ao setor imobiliário. Além do mais, Obama tem sido um participante ativo do deslocamento destrutivo das políticas de Washington que se distanciam da questão do desemprego para se concentrarem na redução do déficit.
E o governo tem sofrido continuamente de complacência – utilizando alguns meses de boas notícias como desculpa para cruzar os braços, vitorioso, em vez de enfatizar a necessidade de mais ação. Foi isso o que ele fez em 2010, em 2011 e, até certo ponto, é o que ele tem feito também neste ano. Portanto, esta é uma crítica válida que podemos fazer à forma como o governo está administrando a economia.
Mas não é essa a crítica que Mitt Romney está fazendo. Basicamente, ele está atacando Obama por não agir como se George W. Bush tivesse conquistado um terceiro mandato. Será que o povo norte-americano – e, talvez, principalmente a mídia – é tão esquecido assim para que esse ataque gere resultados? Eu creio que nós descobriremos em breve.
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Formación en el ámbito de la traducción
PhD - American University
Experiencia
Años de experiencia: 25 Registrado en ProZ.com: Sep 2012
My name is Danilo da Fonseca, a Brazilian Portuguese translator with years of experience in creating localized, easy to read texts. I am fluent in English, French and Spanish and I translate texts from those three languages to Portuguese.
I earned a Bachelor’s degree in Social Communication/Journalism in Brazil, and a Master’s and a Ph.D. in Sociology from the American University (Washington, D.C., USA). I have specialization courses in translation and I worked as a translator and text producer for some major Brazilian communication agencies and for the Presidency of the Republic of Brazil. I have translated for renowned businesses and organizations in Brazil, the USA, and Canada. In 2019 I found my very own translation business: MDL Translations.
My services include translation, revision, proofreading, and subtitling. I specialize in the fields of literature and medical/pharmaceutical, but I also translate texts from other areas. My latest projects in 2021 were translations of medical articles on epidemiology and two books.
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